POESIAS

DUENDES


Andam duendes à solta
Nalguns caminhos 'scondidos,
Só quem apura os sentidos
Pode senti-los à volta.
Ouvem, alguns, gargalhadas,
Outros só ouvem gemidos,
Nesses atalhos seguidos
Em noites mais estreladas.


É nesse mundo risonho,
Sem um temor desmedido,
Que cause dor, ou revolta,
Que, quem viveu um tal sonho,
Se mostra mais convencido
Que andam duentes à solta.
-Vítor Cintra-
do livro: Pedaços do Meu Sentir
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