terça-feira, 14 de junho de 2011

ALAMOA A FADA RAINHA


Alamoa, em ilustração de Roger Cruz e Bruna Brito para o livro O Mais legal do Folclore, 2003


LENDAS SOBRE ALAMOA...
duende feminino da Ilha de Fernando de Noronha, mora no Pico e vaga pelas suas redondezas, observando tudo que acontece na ilha. Segundo o mito, às sextas-feiras a pedra do Pico se fende e ela aparece na forma de uma forte luz ou um fogo-fátuo. Protetora da vida silvestre, ela aparece para os pescadores exagerados e os caçadores por esporte na forma de uma mulher linda e nua, mas quando eles se aproximam, transforma-se em um esqueleto, enlouquecendo-os.


Os antigos detentos do presídio da ilha de Fernando de Noronha contavam que nas vésperas de tempestades, quase sempre à meia-noite, aparecia na praia uma mulher lindíssima, muito alta, com longos cabelos louros e completamente nua, dançando ao som do bater das ondas, iluminada pelos relâmpagos. Seus pés pareciam não tocar no chão e sim flutuar na areia. Era a alamoa, feminino de alamão (alemão), pois conforme a interpretação popular, mulher loura naquelas paragens só poderia ser alemã.
Sua forma varia.
Algumas vezes ela é uma forma luminosa, multicolorida, outras vezes, atrai os homens e os seduz. Aqueles que sucumbem a seus encantos vêem-na se transformar em um esqueleto. Para alguns, é uma alma penada, à procura de um homem forte que a ajude a desenterrar um tesouro escondido.
A pedra do Pico é a sua morada. Em algumas noites, a pedra se fende, abrindo-se uma porta, por onde sai uma luz. A bela alamoa baila, atraindo sua vítima. Aqueles que entram em sua morada, logo constatam com horror a terrível transformação. Seus belos e brilhantes olhos transformam-se em dois buracos e ela vira uma caveira horripilante. Então, a fenda se fecha e o pobre homem nunca mais é visto. Seus gritos de pavor, no entanto, ainda ressoam no local durante muitos dias.
É caracterizada como uma convergência de várias lendas de sereias e iaras. O tema da mulher sobrenatural que atrai e seduz os homens, transformando-se a seguir, é comum e recorrente no imaginário popular, sendo, por isso, impossível determinar sua origem com precisão.


Em tempos que há muito se foram existiu na Ilha de Fernando de Noronha um Reino Encantado.Sua linda Rainha chamava-se Fada Alamoa, era deslumbrantemente bela, com cabelos da cor do ouro. Seu lindo Palácio situava-se no alto da mais magestosa colina, a Colina Verde.Diante desta exuberante paisagem Alamoa podia avistar logo nos primeiros Raios de Sol seu magnífico Jardim e até o bater das águas cristalinas entre as pedras.Porém, um dia o Cruzeiro do Sul foi descoberto e com eles chegaram as Caravelas e seus Navegantes. O Reino então perdeu seu Encanto, seus belos Palácios transformaram-se em negros blocos de basalto e suas deslumbrantes galerias em rochedos.Mesmo assim, segundo as Lendas, até os dias de hoje, há quem diga ,em Fernando de Noronha ver a linda Fada Alamoa montada em cães selvagens à noite, vagando entre os Montes e Praias de seu amado Reino, ao qual jamais abandonou ! "


Alamoa, em ilustração de Roger Cruz e Bruna Brito para o livro O Mais legal do Folclore, 2003


A Alamoa ou dama branca, lenda de Fernando de Noronha, é a aparição de uma mulher branca, loura, nua, que tenta os pescadores ou caminhantes que voltam tarde e depois se transforma num esqueleto, endoidecendo o namorado que a seguiu. Aparece também como uma luz ofuscante, multicor, a perseguir quem foge dela. Sua residência é o Pico, elevação rochosa de 321 metros na ilha de Fernando de Noronha. Segundo Olavo Dantas (Sob o Céu dos Trópicos, 28, Rio de Janeiro, 1938):


Às sextas-feiras a pedra do Pico se fende e na chamada porta do Pico aparece uma luz. A Alamoa vaga pelas redondezas. A luz atrai sempre as mariposas e os viandantes. Quando um destes se aproxima da porta do Pico, vê uma mulher loura, nua como Eva antes do pecado. Os habitantes de Fernando chamam-na alamoa, corruptela de alemã, porque para eles mulher loura só pode ser alemã... O enamorado viandante entra na porta do Pico, crente de ter entrado num palácio de Venusberg, para fruir as delícias daquele corpo fascinante. Ele, entretanto, é mais infeliz que o cavaleiro Tannhauser. A ninfa dos montes transforma-se numa caveira baudelairiana.
Os seus lindos olhos que tinham o lume das estrelas, são dois buracos horripilantes. E a pedra logo se fecha atrás do louco apaixonado. Ele desaparece para sempre.
Para Pereira da Costa, trata-se de uma reminiscência do tempo dos holandeses. Luís da Câmara Cascudo a caracteriza como uma convergência de várias lendas de sereias e iaras estrangeiras. O tema da mulher sobrenatural que atrai e seduz os homens, transformando-se a seguir, é comum e recorrente no imaginário popular, sendo, por isso, impossível determinar sua origem com precisão.


Bem, algumas lendas sobre ALAMOA.

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